segunda-feira, 5 de maio de 2014

Doutor não é pronome de tratamento!

Tenho muita antipatia por esses advogados que se intitulam "doutores". Reconheço, lógico, aqueles com grande vivência da legislação, serem eles "doutores do conhecimento", mas um advogadozinho chinfrim vir com essa de "doutor", ah, tenha paciência.

Vou contar.

Estava eu no Sinproep-DF (Sindicato dos professores de escolas particulares) para dar entrada nos documentos do meu cunhado, portando a procuração em meu nome.
Entrei na sala da advocacia, deparo-me com dois recém-formados. Como eu sei? Despreparo psicológico.
Falo do problema a ser solucionado.
Prontamente um deles vira e pega a CLT. Enorme, tal qual a Bíblia sagrada.
Claro que não os julgo "recém-formados" por terem que usar aquele trambolho como consulta, afinal livros são e devem ser usados como fonte de consulta.
O que me fez duvidar de suas capacidades foi um virar pra o outro e perguntar: "mas isso pode ser feito por procuração?"
Poxa... Eles não estudam pra que serve e pra que não serve uma procuração? Ainda mais: se eles trabalham diariamente com aquele tipo de processo, nunca se depararam com uma situação assim, ou sequer se perguntaram?

Ok, prosseguindo...
Essa era a terceira vez que eu ia no sindicato, falei do que se tratava o processo, e eles preencheram um papelzinho, marcando (x) nos itens "cópia de RG", "cópia de CPF" etc.

MEODEOS! Por que eles não informam logo todos os documentos que precisavam?
Ok de novo...
Então perguntei se, quando fosse levar os documentos, precisaria de toda aquela burocracia novamente, e aí veio a melhor pérola:

- Não, não. Você encaminha para mim, doutor Fulano, ou para ele, doutor Beltrano.

(...)


Acho que não consegui disfarçar meu desdém na hora.

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